ASTROLOGIA? O QUE É?


O QUE A ASTROLOGIA NÃO É?


Mauro Silva



Por incrível que pareça, é muito mais esclarecedor dizer o que a Astrologia não é do que propriamente tentar defini-la. Isto porque há muitas distorções e idéias infantis associadas a essa técnica milenar de correlação entre o céu e a terra.. Por isso, primeiro é preciso atravessar uma grossa camada de fumaça e fuligem, ou seja lá o que for, para só então começarmos a falar sobre a astrologia que praticamos e que efetivamente serve como instrumento de orientação.


1. Astrologia não é adivinhação. Não há como saber o que exatamente vai acontecer com você. Não há visões. Astrólogo não é sensitivo, não vê cenas nem vultos, muito menos identifica pessoas. O trabalho astrológico é puramente analítico, quando é bem feito. Quando é desordenado e caótico, chamam de "arte", porque, aqui entre nós, técnica seria mesmo um termo muito sofisticado... E a intuição? Insights? Sempre pode emergir em qualquer tipo de trabalho, em qualquer profissão.
2. Astrologia não é religião. Você pode estudá-la e praticá-la à vontade, e também não tem problema nenhum consultar um astrólogo. Não é heresia. Deus não castiga. Dogmas e livros sagrados não existem na astrologia. Nem há qualquer incompatibilidade com as religiões estabelecidas. Nem passa pela cabeça dos corpos celestes usurpar a glória do Ser Absoluto. Eles se contentam com o papel de coadjuvantes.
3. Astrologia não é fatalidade ou destino. Não há nada "escrito" lá nas estrelas que diga que você vai ser isto ou aquilo, ou que vai acontecer este ou aquele evento na sua vida. Acreditamos, porém, que livre arbítrio seja algo relativo e bastante maleável. A própria natureza nos impõe limites. O meio social, também. O fenômeno astrológico, idem.
4. Astrologia não é magia. O trabalho do astrólogo não tem nada de mágico. Qualquer um pode executá-lo, contanto que estude para isso. O astrólogo não tem nenhum poder fantástico. Não precisa ter medo da gente.
5. Astrologia não é alienação. Você não deixará de olhar para a realidade do mundo, medindo cada passo e cada detalhe da vida pelo movimento dos planetas. A astrologia funciona mais ou menos assim. Vai fazer sol? Então eu saio de camiseta e mais uma calça leve ou uma bermuda. Vem aí uma frente fria? Opa, é bom vestir um casaco. Vai chover? Tô indo pegar meu guarda-chuva. Meia-estação? Muito bem, uma camisa de manga comprida, calça jeans.
6. Astrologia não é horóscopo diário. A astrologia está para o horóscopo diário assim como uma nota de 100 dólares está para uma moeda de 1 centavo de real. O que você faz com um centavo? Nada, absolutamente nada!
7. Astrologia não é astronomia. A primeira estuda a correlação entre a mecânica celeste e os eventos aqui na terra. A outra é uma ciência que estuda as posições, os movimentos, a estrutura e a evolução dos astros.
8. Astrologia não é superstição. Astrólogos e astrólogas não acreditam em astrologia. Eles conhecem astrologia.
9. Astrologia não é uma prática ingênua. A formação de um astrólogo exige conhecimentos de astronomia, psicologia, história (para a astrologia mundial e política), além do conhecimento específico das técnicas astrológicas. Os mais exigentes e dedicados conhecem estatística, geometria, bem como as áreas específicas em que atuam. Por exemplo, para a prática da astrologia financeira é preciso ter um bom conhecimento de economia e vivência no ramo.
10. Astrologia não é algo infalível. Você conhece alguém ou alguma ciência que seja?

ASTROLOGIA MODERNA

ASTROLOGIA MODERNA

Coloquei algumas breves citações de um texto do astrólogo Steven Birchfield onde aborda alguns argumentos usados pelos defensores da astrologia moderna, como que a astrologia tradicional é "fatalista" e a astrologia moderna "ajuda o desenvolvimento espiritual" do ser humano.



Se tudo está pré-determinado na carta astral e você não pode fazer nada a respeito para mudá-la, por que se importar em estudar astrologia?


“Primeiro, vamos deixar claro que ninguém disse que tudo estava pré-determinado”. As pessoas pensam que conhecimento antecipado é a mesma coisa que predestinação. Muitos que nunca dedicaram realmente tempo para estudar o que os antigos ensinavam, aparentemente pensam que a astrologia tradicional é um meio de descobrir qual a cor das meias que eu vou usar amanhã. Não é assim.
As casas astrológicas eram os "acidentes" ou circunstâncias que são comuns para TODAS as pessoas. Quais são essas circunstâncias e como elas se manifestam para cada indivíduo é o que torna única a vida de cada um. Todos nós temos escolhas dentro de limitações. Eu posso escolher o que vou fazer com a minha sorte ou com meu azar. Eu posso contar em uma mão o número de cartas que eu analisei que indicam pouca adversidade. Não existe ninguém nesse mundo que não enfrentará adversidade, transtornos e problemas em algum grau. Todos nós temos pontos benéficos ou não em nossas cartas.
Existe em cada pessoa a possibilidade de fortuna e infortúnios. Conhecimento sobre esses dois, antes que eles venham, não muda as circunstâncias quando eles aparecem. Mas o conhecimento prepara a pessoa para o que pode ser feito a respeito.
Em 2004, se as pessoas soubessem que um Tsunami se aproximava, obviamente elas teriam fugido de seu caminho! O Aviso não mudaria o evento ou sua natureza, e as pessoas ainda assim teriam perdido suas casas e posses, mas não teriam perdido suas vidas.
Onde existe vida, existe oportunidade e esperança. Eu não posso impedir os pássaros de voar sobre minha cabeça, mas eu posso impedir que eles façam um ninho no meu cabelo.
Estar avisado é estar preparado!”


A astrologia do "pensamento positivo"


“A astrologia moderna olha para o mapa e nos fala sobre o nosso "potencial" e como podemos desenvolver esses potenciais, potenciais que lutamos para alcançar e estar à sua altura”. O problema é que o "potencial" pode ou não se realizar. O que acontece quando nós não conseguimos viver dentro do padrão estabelecido por nossas expectativas. Entender a nós mesmos não é a mesma coisa que determinar as realizações de nós mesmos. Entendimento implica diferenciar entre o que podemos e não podemos fazer. É conhecer nossos limites e os limites do que podemos fazer. É simplesmente reconhecer que a alguns são dados cinco talentos, a outros três, e a outros apenas um. O que nos torna "iguais" é a habilidade de escolher o que fazer com o que nos é dado. Dizer "bem, eu tenho apenas um talento, então não vou nem tentar" é derrotismo. Comparar esse talento com os outros cinco que outras pessoas podem ter é um desserviço. Ser sincero é determinar o que alguém pode fazer com o seu talento é honestidade. As pessoas estão cansadas de que digam para elas que elas têm esse e aquele potencial, e depois nunca conseguem concretizá-lo, e ficando deprimidas ou amargas porque alguém mentiu pra elas sobre as imensas "possibilidades" e "potenciais" que elas tinham para o futuro.
A vida não é uma questão de sucesso ou fracasso, conquista ou azar, nem tampouco sobre bem ou mal; é uma questão de atravessá-la e experimentá-la realmente, transformando uma vida "medíocre" em algo excepcional porque foram vidas vividas excepcionalmente bem.
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